Por Foo Yun Chee
ESTRASBURGO (Reuters) - O Parlamento Europeu aprovou o acordo de combate à mudança climática de Paris nesta terça-feira, fazendo com que o pacto global supere a meta necessária para entrar em vigor, acontecimento saudado pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, como uma votação histórica.
O Acordo de Paris, endossado por quase 200 nações quase um ano atrás, irá ajudar a conduzir um rompimento radical da economia mundial com os combustíveis fósseis na tentativa de limitar as ondas de calor, inundações, secas e a elevação dos mares.
A aprovação da União Europeia, que se espera ser chancelada pelos 28 países do bloco nesta semana, fará com que o acordo ultrapasse a cota exigida de nações responsáveis por ao menos 55 por cento das emissões globais para que seja adotado.
"Com a ação tomada pelo Parlamento da UE, estou confiante de que conseguiremos vencer a barreira de 55 por cento muito em breve, em uma questão de poucos dias", disse Ban depois que os parlamentares do bloco votaram majoritariamente pela aceitação do pacto.
"Sinto-me extremamente honrado por poder testemunhar este momento histórico", afirmou. "Vimos uma ação extraordinária de todos os cantos do globo para trazer este acordo à vida neste ano".
A ratificação da UE, que representa cerca de 12 por cento das emissões globais, deve ser entregue à ONU até sexta-feira. A China e os Estados Unidos, os principais emissores, ratificaram o pacto neste mês.