MORONI, Comores (Reuters) - A polícia das llhas Comores prendeu neste sábado duas mulheres por realizarem atividade sexual lésbica, depois de elas terem pedido a um pregador islâmico que celebrasse o casamento entre elas, disse um promotor público.
O ato com pessoas do mesmo sexo é ilegal em Comoros, um arquipélago-nação de maioria muçulmana no Oceano Índico e população de 870 mil habitantes. O promotor público, Ali Mohamed Djounaid, afirmou que as mulheres estão presas preventivamente na capital, Moroni, depois de terem comparecido ao tribunal, acusadas de “sexo não natural”.
“Elas são acusadas de atos contrários à boa moral e contra a natureza”, afirmou Ali Djounaid. Se condenadas, as mulheres de 22 e 25 anos podem ser presas por até dois anos, acrescentou.
Nos últimos anos, houve uma crescente repressão a relações do mesmo sexo em países africanos, com leis anti-LGBTQ+ sendo aprovadas na Uganda e em Gana, algo que foi fortemente condenado pelos países ocidentais e defensores dos direitos humanos.
A lei promulgada na Uganda no ano passado inclui prisão perpétua para sexo gay e pena de morte para certos atos entre pessoas do mesmo gênero.