BEIRUTE (Reuters) - O Hezbollah acusou a Arábia Saudita e a Turquia nesta segunda-feira de obstruir os esforços para alcançar uma solução política na Síria, dizendo que Riad não queria ver nenhum avanço nas negociações de paz de Genebra para terminar com o conflito de cinco anos.
O Hezbollah, que tem o apoio do Irã, e a Arábia Saudita estão há anos de lados opostos na guerra civil síria, mas as relações pioraram nos últimos meses, refletindo a crescente hostilidade entre Riad e Teerã, as duas potências rivais na região.
“O que está impedindo qualquer progresso para uma solução política é primeiramente a Arábia Saudita e, depois, a Turquia”, disse Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em entrevista para a TV Al Mayadeen.
O xiita Hezbollah enviou combatentes para a Síria para apoiar o presidente Bashar al-Assad. A Arábia Saudita e a Turquia, que insistem que Assad deve deixar o poder, têm apoiado insurgentes sunitas que lutam para derrubá-lo.
"A Arábia Saudita não quer nenhum avanço nas negociações em Genebra”, disse Nasrallah, que acrescentou que Riad poderia estar esperando as eleições dos Estados Unidos em novembro para ver se um novo governo pode ter uma política diferente para a Síria.
"Logo, eu não espero progressos no processo político ou uma solução política”, afirmou ele.