Por Jon Herskovitz
(Reuters) - Os parlamentares dos Estados norte-americanos de Indiana e Arkansas fizeram reparos em atos religiosos nesta quinta-feira depois que medidas, aprovadas com facilidade nas legislaturas de maioria republicana, foram criticadas nacionalmente por permitirem a discriminação contra gays.
Em Indiana, flanqueados por ativistas de direitos homossexuais, os legisladores revelaram mudanças para proteger as liberdades civis sob o Ato de Restauração da Liberdade Religiosa (RFRA, na sigla em inglês), que o governador republicano, Mike Pence, transformou em lei na semana passada.
A coletiva de imprensa desta quinta-feira foi uma reviravolta dramática em relação ao ato de assinatura do governador, e foi presenciada por alguns ativistas religiosos que denunciaram o homossexualismo como pecado mortal.
Indiana foi assolada por protestos, ameaças de boicote e alertas de empresas norte-americanas poderosas, como a Apple, sobre os prejuízos econômicos futuros em reação ao ato, que veem como contrário aos ideias de inclusão do país.
"O que foi concebido como uma mensagem de inclusão, inclusão de todas as crenças religiosas, foi interpretado como uma mensagem de exclusão, especialmente para a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros)", declarou o presidente da assembleia, Brian Bosma, na coletiva de imprensa em Indianapolis.
"Nada poderia estar mais distante da verdade, mas ficou claro que a percepção tinha que ser abordada", disse.
Os críticos sustentam que as medidas são parte de um esforço mais amplo dos Estados conservadores em repúdio a uma série de decisões dos tribunais norte-americanos que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Suprema Corte dos EUA deve tratar do assunto este mês.
Seus apoiadores afirmaram que as leis não levam à discriminação e são necessárias para proteger as liberdades religiosas.