Por Michael Holden e Andrew MacAskill
LONDRES (Reuters) - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, teve sua solicitação de fiança negada na quarta-feira por uma juíza britânica, que disse que havia o risco de fuga enquanto os Estados Unidos tentam novamente garantir sua extradição.
Assange, que passou mais de oito anos na embaixada equatoriana em Londres ou na prisão, pediu para ser libertado sob fiança depois que o tribunal decidiu na segunda-feira que ele não deveria ser extraditado aos EUA porque estaria sob risco de suicídio.
"Estou convencida de que há fundamentos substanciais para acreditar que se o sr. Assange for libertado hoje, ele não se entregará ao tribunal para enfrentar o processo de apelação", disse a juíza Vanessa Baraitser à Corte de Magistrados de Westminster, em Londres.
"No que diz respeito ao sr. Assange, este caso ainda não foi ganho... o resultado deste recurso ainda não é conhecido."
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirma que continuará buscando a extradição de Assange para enfrentar 18 acusações criminais de violação de uma lei de espionagem e conspiração para hackear computadores do governo.
A parceira de Assange, Stella Moris, disse que a decisão da juíza de negar a fiança foi uma grande decepção e pediu que os Estados Unidos o perdoem. O WikiLeaks declarou que apelará contra a negação da fiança.
O WikiLeaks publicou centenas de milhares de documentos diplomáticos secretos dos EUA que revelaram as avaliações frequentemente críticas dos Estados Unidos sobre líderes mundiais, desde o presidente russo Vladimir Putin a membros da família real saudita.