(Reuters) - O governador da Califórnia, Gavin Newsom, disse nesta quinta-feira que negou liberdade condicional a Sirhan Sirhan, o refugiado palestino que cumpre prisão perpétua pelo assassinato do candidato presidencial dos Estados Unidos Robert F. Kennedy em 1968.
Newsom fez o anúncio depois que um conselho de revisão da Califórnia recomendou em agosto que Sirhan fosse libertado da prisão, sujeito a revisão por um conselho legal e pelo próprio governador. Ele já havia tido a liberdade condicional negada por 15 vezes.
Descrevendo sua decisão em um artigo de opinião no Los Angeles Times, Newsom disse que não concordava com o Conselho de Audiências de Liberdade Condicional que considerou Sirhan, de 77 anos, adequado para liberdade condicional.
“Depois de analisar cuidadosamente o caso, incluindo registros nos Arquivos do Estado da Califórnia, determinei que Sirhan não desenvolveu a responsabilidade e a percepção necessárias para apoiar sua libertação segura na comunidade”, escreveu Newsom.
Sirhan foi condenado por matar Kennedy, de 42 anos, na despensa da cozinha do Ambassador Hotel em Los Angeles em 5 de junho de 1968.
O ataque ocorreu minutos depois que o senador e ex-secretário de Justiça dos EUA fez seu discurso de vitória nas primárias democratas da Califórnia. Kennedy morreu no dia seguinte.
(Reportagem de Rami Ayyub)