Por Ahmed Rasheed
BAGDÁ (Reuters) - Um assessor de comunicação do Ministério do Comércio do Iraque, morto no mês passado por uma bomba colocada no seu carro, se preparava para entregar à Comissão de Integridade do país arquivos que acusavam o ministério de corrupção, disseram autoridades do departamento legal do ministério à Reuters.
O Tribunal Investigativo Central para Terrorismo e Crime Organizado de Bagdá afirmou em comunicado que quatro seguranças do Ministério do Comércio confessaram o atentado contra Nadhim Naeem, assessor de comunicação do ministro Milas Mohammed Abdul Kareem.
Um porta-voz do tribunal disse que os homens, presos pela morte de funcionários do ministério, entre eles Naeem, integravam a unidade de proteção de Abdul Kareem. Eles aguardavam o indiciamento por terrorismo e assassinato, segundo o porta-voz.
Abdul Kareem não estava imediatamente disponível para comentar o caso, e nem os seus seguranças.
Não há evidências envolvendo Kareem na morte, e ele foi considerado inocente numa investigação ordenada pelo primeiro-ministro Haider al-Abadi.
Apesar de absolver Abdul Kareem, o Iraque divulgou um mandato de busca para o ministro e o seu irmão em 18 de outubro, depois de uma investigação sobre propinas, benefícios ilegais e uso indevido do cargo.