Por Patricia Zengerle e Richard Cowan e Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - Importantes assessores do então presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmaram que disseram a ele que as acusações de fraude eleitoral generalizada não eram fundamentadas e não reverteriam sua derrota nas urnas, de acordo com um depoimento por vídeo transmitido nesta segunda-feira pelo comitê que investiga a invasão de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio norte-americano.
O painel da Câmara dos Deputados, liderado por membros do Partido Democrata, defende a tese de que Trump decidiu afirmar que a eleição presidencial de 2020 foi "roubada" dele, mesmo com muitos membros de sua equipe afirmando que o democrata Joe Biden recebeu mais votos.
"Ele e seus assessores mais próximos sabiam que as acusações eram falsas, mas continuaram insistindo nelas mesmo assim, até o momento em que uma turba de apoiadores de Trump atacou o Capitólio", afirmou a deputada democrata Zoe Lofgren ao painel em sua segunda audiência.
Em um depoimento por vídeo, o ex-procurador-geral de Trump William Barr rejeitou as acusações de fraude como "besteira" e "loucura".
"Se ele realmente acredita nessas coisas, ele se descolou da realidade", disse Barr.
Trump nega qualquer irregularidade, e tem repetidamente insistido que não perdeu, classificando a investigação do comitê como uma "caça às bruxas política".
(Reportagem de Patricia Zengerle e Richard Cowan)