AMÃ (Reuters) - Pelo menos 30 soldados do Exército sírio e de milícias apoiadas pelo Irã foram mortos nesta terça-feira quando combatentes do Estado Islâmico atacaram um posto militar próximo à cidade de Palmira, no leste da Síria, disseram um agente de monitoramento e residentes da área.
Militantes teriam utilizado homens-bomba e veículos blindados no ataque, que aconteceu ao amanhecer, perto de uma represa a sudeste da antiga cidade romana.
O ataque acontece um dia depois que forças do governo expulsaram os jihadistas para fora de seu último enclave ao sul de Damasco após semana de bombardeios incessantes.
O Estado Islâmico tomou por duas vezes a cidade de Palmira durante a guerra civil na Síria, destruindo artefatos históricos insubstituíveis.
Um ex-morador da região rural a leste de Homs, perto de Palmira, e que está em contato com a população local disse que militantes apareceram de esconderijos na vasta área de deserto que tinha sido controlada por eles no passado. Segundo ele, pelo menos 30 soldados e milicianos foram mortos.
Nos últimos meses os militantes aumentaram os ataques relâmpagos na área, cuja geografia dificulta a proteção total das forças armadas. Os jihadistas contam com emboscadas para reabastecer seus estoques de armas e equipamentos, dizem ativistas.
A organização britânica Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que acompanha o conflito, disse que ao menos 26 pessoas que lutavam pelo governo sírio foram mortas, incluindo 17 não-sírios, entre eles iranianos.
O Estado Islâmico, que foi expulso da maior parte do vale do Rio Eufrates no ano passado, agora controla apenas duas áreas desérticas cercadas no leste da Síria. O grupo também havia capturado um terço do território do vizinho Iraque em 2014, mas foi amplamente derrotado por lá no ano passado.
(Reportagem de Suleiman Al-Khalidi)