UAGADUGU (Reuters) - Trinta e nove pessoas foram mortas no norte de Burkina Faso no sábado, no que o governo chamou de ataque terrorista a uma vila na província de Soum.
O ataque do fim de semana ocorreu menos de uma semana depois que militantes mataram 36 civis em uma província vizinha, parte de uma onda de violência no país da África Ocidental que matou centenas, tirou mais de meio milhão de suas casas e tornou grande parte do norte ingovernável nos últimos dois anos.
O governo não forneceu mais detalhes sobre o último ataque na vila de Silgadji, descrevendo-o em um comunicado divulgado na terça-feira como "covarde e bárbaro".
Não ficou claro imediatamente quem era o responsável.
Grupos islâmicos com ligações à Al Qaeda e ao Estado Islâmico realizaram ataques cada vez mais audaciosos contra alvos civis e militares em Burkina Faso nos últimos meses, incluindo um ataque a um comboio de mineração em novembro que matou quase 40 pessoas.
A crescente insegurança forçou pessoas a deixar suas casas. O número de deslocados aumentou dez vezes em 2019 para mais de 560.000 pessoas, tornando-se a crise de deslocamento que mais cresce no mundo, de acordo com o Conselho Norueguês para Refugiados.
(Reportagem de Thiam Ngiaga)