Por Maya Gebeily e Alexander Cornwell
JERUSALÉM/BEIRUTE (Reuters) - Um ataque israelense matou cinco funcionários de emergência no sul do Líbano, informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira, enquanto Israel realiza sua grande ofensiva contra o Hezbollah, apoiado pelo Irã, e adverte os civis libaneses no sul a não voltarem para casa.
O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, disse que estavam em andamento contatos entre os Estados Unidos e a França com o objetivo de chegar a um cessar-fogo, uma aparente referência aos esforços diplomáticos para alcançar uma trégua que Israel rejeitou no mês passado. Não houve comentário imediato de Washington ou Paris.
O Oriente Médio permanecia em alerta máximo para uma nova escalada do conflito que varreu a região desde os ataques liderados pelo Hamas contra Israel há um ano, aguardando a resposta de Israel a um ataque com mísseis iranianos na semana passada.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversaram na quarta-feira sobre a possível retaliação israelense contra o Irã, em uma ligação que ambos os lados descreveram como positiva.
Israel diz que sua ofensiva no Líbano visa garantir o retorno para casa de dezenas de milhares de israelenses que deixaram o norte de Israel devido aos foguetes transfronteiriços lançados pelo Hezbollah, que abriu fogo há um ano para apoiar o Hamas em Gaza.
O Ministério da Saúde do Líbano informou que o ataque israelense durante a noite atingiu um centro de defesa civil no vilarejo de Derdghaiya, a cerca de 10 km da fronteira, matando cinco paramédicos e socorristas.
Não houve comentário imediato dos militares israelenses.
Os ataques israelenses mataram mais de 2.100 pessoas no Líbano no último ano, a grande maioria delas desde 23 de setembro, quando Israel intensificou drasticamente sua ofensiva com ataques aéreos generalizados antes de enviar soldados para o terreno. O número de mortos não faz distinção entre civis e combatentes.
Israel informou a morte do 12º soldado em operações terrestres no sul do Líbano na quinta-feira.
Mikati, em uma declaração no X, disse que estão "ocorrendo contatos entre os Estados Unidos e a França com o objetivo de reavivar uma declaração de cessar-fogo por um período específico para retomar a busca por soluções políticas".
No mês passado, Estados Unidos, França e outros países pediram uma trégua de 21 dias entre Israel e o Hezbollah.