BRUXELAS (Reuters) - Um trabalhador humanitário que fazia parte dos esforços de ajuda da Bélgica ao desenvolvimento na Faixa de Gaza morreu em um ataque israelense, disse o governo belga nesta quinta-feira, acrescentando que estava convocando o embaixador israelense sobre o incidente.
A ministra do Desenvolvimento da Bélgica, Caroline Gennez, afirmou em um comunicado que Abdallah Nabhan, de 33 anos, e seu filho de sete anos morreram após um bombardeio do Exército israelense na parte leste da cidade de Rafah, no sul do país.
Nabhan, cuja nacionalidade não foi revelada, trabalhava para a agência belga Enabel, prestando assistência a pequenos negócios.
"Vou chamar o embaixador israelense para condenar esse ato inaceitável e exigir uma explicação", disse a ministra das Relações Exteriores da Bélgica, Hadja Lahbib, em um post na plataforma de mídia social X.
De acordo com o governo em Bruxelas, pelo menos sete pessoas foram mortas no ataque a um prédio que abrigava cerca de 25 pessoas, incluindo pessoas deslocadas de outras partes da Faixa de Gaza.
Israel está tentando erradicar o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, depois que o grupo militante matou 1.200 pessoas e fez 253 reféns em um ataque transfronteiriço no dia 7 de outubro, segundo os cálculos israelenses.
Mais de 34.000 palestinos foram mortos na guerra, de acordo com as autoridades de saúde palestinas.
"O bombardeio indiscriminado da infraestrutura civil e de civis inocentes vai contra todas as leis internacionais e humanitárias e as regras da guerra", disse Gennez.
(Reportagem de Charlotte Van Campenhout e Tassilo Hummel)