Por Saleem Ahmed
QUETTA, Paquistão (Reuters) - Um atentado suicida no Paquistão matou pelo menos 52 pessoas e feriu mais de 50 nesta sexta-feira, em uma reunião religiosa para marcar o aniversário do profeta Maomé em uma província agitada que faz fronteira com o Afeganistão, disseram autoridades de saúde e a polícia.
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelas explosões, que ocorrem em meio a uma onda de ataques de grupos militantes no Paquistão, aumentando os riscos para as forças de segurança antes das eleições nacionais programadas para janeiro do próximo ano.
Horas após a explosão suicida na província de Baluchistão, outra explosão destruiu uma mesquita na província de Khyber Pakhtunkhwa, que também faz fronteira com o Afeganistão, segundo as autoridades, matando pelo menos duas pessoas.
O teto da mesquita desabou com a explosão, informou a emissora local Geo News, acrescentando que cerca de 30 a 40 pessoas ficaram presas sob os escombros.
O Paquistão tem registrado um ressurgimento de ataques de militantes islâmicos desde o ano passado, quando um cessar-fogo foi rompido entre o governo e o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), uma organização de vários grupos islâmicos sunitas linha- dura.
O TTP, que realizou alguns dos ataques mais sangrentos no Paquistão desde sua formação em 2007, negou que tenha realizado o ataque de sexta-feira no Baluchistão.
(Reportagem de Saleem Ahmed em Quetta, Ariba Shahid em Karachi)