BEIRUTE (Reuters) - Ataques aéreos foram retomados neste domingo em um vale mantido pelos rebeldes perto de Damasco, onde fica a principal fonte de água da capital síria, um dia após rebeldes e o governo não chegarem a um acordo para reconstruir as nascentes que foram danificadas há duas semanas.
Combatentes do governo e aliados do grupo libanês Hezbollah lançaram uma ofensiva há duas semanas para retomar o Wadi Barada, um vale montanhoso guardado por militares pró-governo e onde as mananciais servem para fornecer água para quatro milhões de pessoas na capital.
O governo diz que precisa entrar no vale para garantir permanentemente o abastecimento de água à capital. Rebeldes e ativistas locais dizem que as forças do governo estão usando a questão da água para conseguir uma vitória política semanas após a derrota na cidade de Aleppo, usando o cerco e o bombardeio para forçar os rebeldes a deixar a área.
Através de uma série de acordos de assentamentos, cercos e ofensivas do exército, o governo sírio, apoiado pelo poder aéreo russo e por milícias ligadas ao Irã, tem firmemente suprimido a oposição armada nos arredores da capital.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que os ataques aéreos começaram na manhã deste domingo, depois de uma trégua desde a manhã de sábado, durante a qual ocorreu uma nova rodada de negociações sobre reparos nas nascentes.
(Por Lisa Barrington)