BEIRUTE (Reuters) - Aviões de guerra do governo sírio mataram pelo menos 60 civis, incluindo mais de dez crianças, em dois dias de ataques sobre território em poder do grupo Estado Islâmico no fim de semana, disseram ativistas da oposição nesta segunda-feira.
As forças militares do presidente Bashar al-Assad intensificaram uma campanha aérea nos últimos três meses contra o Estado Islâmico, um ramo da Al Qaeda que controla cerca de um terço do território da Síria, em boa parte uma área desértica no norte e leste.
Os ataques aéreos sírios atingiram uma série de alvos do Estado Islâmico, mas também vêm matando muitos civis em território sob controle do grupo.
O número de vítimas inclui 41 mortos durante ataques aéreos no sábado que atingiram uma padaria administrada pelo Estado Islâmico na cidade de Raqqa, reduto do grupo, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo com sede na Grã-Bretanha.
Outros 19 civis foram mortos na província de Deir al-Zor, no leste, que faz fronteira com o Iraque e, como a província de Raqqa, é quase totalmente controlada por militantes do Estado Islâmico.
O Observatório, que monitora a violência na Síria por meio de uma rede de fontes de ambos os lados, não disse quantos militantes foram mortos nos ataques, mas em um balanço anterior afirmou que pelo menos 15 morreram nos ataques a Raqqa.
Um ativista de Raqqa disse à Reuters que os mortos no bombardeio incluem oito membros de uma família e quatro de uma outra, cujos restos não foram encontrados.
Mais de 190 mil pessoas foram mortas desde o início do conflito da Síria, há mais de três anos, de acordo com as Nações Unidas. O número de mortes diariamente de bombardeios, tiroteios, ataques aéreos e execuções supera em geral mais de 200.
(Reportagem de Alexander Dziadosz)