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Ataques e bombas de Israel matam 19 pessoas em Gaza, em meio a manobras em busca de um cessar-fogo

Publicado 04.06.2024, 18:28
Atualizado 04.06.2024, 18:35
© Reuters. Rescaldo de um ataque israelense a um veículo em Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gazan04/06/2024nREUTERS/Ramadan Abed

Por Nidal al-Mughrabi e Henriette Chacar

CAIRO/JERUSALÉM (Reuters) - Bombardeios e ataques aéreos mataram pelo menos 19 pessoas nas regiões central e sul de Gaza nesta terça-feira, incluindo dois policiais que estavam ajudando a proteger entregas de auxílio humanitário na cidade de Rafah, no sul, segundo médicos palestinos.

Dezessete das mortes, de acordo com eles, aconteceram em ataques aéreos israelenses separados nos campos de refugiados al-Bureij e al-Maghazi e na cidade de Deir-al-Balah, na região central de Gaza, e na noite de terça-feira, tanques estavam bombardeando uma área pouco ao leste do campo de al-Nusseirat, segundo moradores.

Alguns disseram à Reuters por um aplicativo de mensagens que o novo avanço militar israelense está semeando pânico, com algumas famílias que vivem em al-Maghazi começando a fugir, sob disparos de tanques, e com quatro bombas caindo perto de uma clínica no acampamento.

Em um comunicado breve emitido mais cedo no dia, o Exército israelense disse que jatos estavam atingindo alvos dos militantes do Hamas na região central de Gaza, enquanto as forças terrestres operavam “de uma maneira focada com orientação de informações de inteligência” na região de al-Bureij.

Não deu atualizações sobre atividades em Rafah, onde as forças israelenses invadiram no mês passado no que o Exército diz ser uma operação limitada para eliminar as últimas unidades de combate intactas do Hamas, após quase oito meses de uma guerra devastadora na Faixa de Gaza.

A pequena cidade na fronteira sul de Gaza com o Egito abrigava cerca de um milhão de palestinos que fugiram dos ataques israelenses em outras partes do enclave, mas a maioria teve que fugir novamente, diante do avanço de Israel liderado por tanques.

Israel lançou uma ofensiva terrestre e área contra Gaza em outubro, prometendo destruir o Hamas, após militantes cruzarem a fronteira para o sul de Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e sequestrando 250 reféns, segundo as contagens israelenses. Cerca de 120 reféns continuam em Gaza.

A campanha militar israelense matou mais de 36.000 pessoas na densamente povoada Gaza, segundo suas autoridades de saúde, que dizem que mais milhares de corpos estão soterrados sob os destroços.

O Catar afirmou nesta terça-feira que entregou uma proposta de cessar-fogo israelense para o Hamas que refletia a proposta de três fases apresentada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na sexta-feira, e que o documento agora está muito mais próximo das posições dos dois lados.

O Catar, mediando as negociações em Gaza entre Israel e Hamas, também enfatizou que precisa haver uma posição clara dos dois lados para chegar a um acordo, disse um porta-voz do seu Ministério das Relações Exteriores em um briefing de imprensa.

“O acordo de cessar fogo deve acabar imediatamente com o longo sofrimento de toda a população de Gaza e dos reféns e de suas famílias e fornecer um mapa para um cessar-fogo permanente e um fim à crise (humanitária)”, afirmou Majed al-Ansari.

© Reuters. Rescaldo de um ataque israelense a um veículo em Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gaza
04/06/2024
REUTERS/Ramadan Abed

No entanto, um porta-voz do Hamas, o grupo militante que governa Gaza desde 2007, reiterou nesta terça-feira que não pode aceitar um acordo a menos que Israel assuma um compromisso “claro” por uma trégua permanente e uma retirada completa de Gaza.

Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, repetiu que não pode haver paz permanente, a menos que o Hamas seja erradicado, no momento em que ele sofre com profundas divisões políticas em seu país, relacionadas à proposta da paz apoiada pelos EUA.

(Reportagem de Henriette Chacar em Jerusalém e Nidal al-Mughrabi no Cairo)

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