RIAD (Reuters) - Os ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita no Iêmen vão continuar até que o presidente iemenita, Abd-Rabbu Mansour Hadi, que deixou o país na quinta-feira, possa governar, disse um porta-voz militar saudita neste domingo.
A Arábia Saudita anunciou na quinta que, junto com outros nove países muçulmanos sunitas, iniciou uma campanha de ataques aéreos contra a milícia xiita Houthi, aliada ao principal adversário regional saudita, o Irã. Teerã nega apoiar os Houthis e condenou a ofensiva.
"Vamos criar as condições necessárias para permitir que o presidente e seu governo governem o país", disse o brigadeiro Ahmed Asseri, porta-voz da coalizão.
"O Exército iemenita foi praticamente desmantelado (por divisões internas após um levante em 2011)... uma das condições é que eles assumam. Vamos continuar a atacar as milícias, vamos mantê-los sob pressão, até que as condições se tornem bastante favoráveis para o Exército assumir", disse.
Falando a um pequeno grupo de jornalistas em Riad, Asseri disse que os ataques tiveram sucesso em impedir que os Houthi avançassem sobre Áden e têm colocado pressão sobre o grupo no restante do país.
"Sentimos que eles perdem dia a dia... vamos continuar a colocar pressão sobre eles para pará-los... Acreditamos que a situação em Áden vai melhorar e melhorar, dia a dia."