Por Rami Amichay
TEL AVIV (Reuters) - Um atirador palestino abriu fogo em Tel Aviv nesta quinta-feira, ferindo três pessoas antes de ser morto pela polícia no que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rotulou de "ataque terrorista" em meio à crescente agitação na Cisjordânia.
O grupo militante islâmico Hamas reivindicou o atirador, um jovem de 23 anos da Cisjordânia ocupada, como membro.
A polícia isolou uma esquina da rua Dizengoff, no centro da cidade, onde ocorreu o ataque. Um restaurante ficou vazio depois dos os clientes aparentemente fugirem no meio da refeição, mostraram imagens da Reuters.
Médicos tratavam feridos na calçada próxima.
O tiroteio ocorreu após uma série de ataques de palestinos em torno de Jerusalém e na Cisjordânia, que mataram 13 israelenses e uma ucraniana desde o final de janeiro.
No ano passado, forças israelenses fizeram milhares de prisões na Cisjordânia e mataram mais de 200 palestinos, incluindo combatentes e civis. Mais de 40 israelenses morreram em ataques de palestinos no mesmo período.
"Houve outro ataque terrorista no coração de Tel Aviv nesta noite", disse Netanyahu após ser atualizado sobre os eventos durante uma visita à Itália.
"Fortalecemos as forças de segurança e a polícia que estão combatendo os terroristas nesta noite e em todas as noites."
Mais cedo nesta quinta-feira, forças israelenses mataram três homens armados do grupo militante Jihad Islâmica em um tiroteio na Cisjordânia. O Hamas disse que o tiroteio em Tel Aviv foi uma resposta a isso.
"A operação heróica é uma resposta natural aos crimes cometidos pela ocupação", disse o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem.
Os três feridos pelo tiroteio em Tel Aviv foram levados às pressas para o hospital, um deles em estado grave. Policiais mataram o agressor, de acordo com o ministro da Segurança Nacional de Israel.
O ataque ocorreu horas após o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, encerrar uma breve visita a Israel, onde pediu a todos os lados que reduzissem a violência.
Após o tiroteio, o prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, pediu aos manifestantes, que protestavam contra uma reforma judicial planejada, que ficassem em casa.
(Reportagem de Rami Amichay, Nir Elias e Ari Rabinovitch)