TEGUCIGALPA (Reuters) - Representantes de organizações ambientais, políticas e sindicais da América e da Europa pediram no sábado a formação de uma missão internacional para investigar o assassinato da renomada ambientalista indígena Berta Cáceres, em Honduras.
Berta Cáceres, uma professora de 43 anos conhecida pela sua luta contra projetos hidrelétricos e de mineração em terras indígenas, foi assassinada a tiros em 3 de março em sua casa, e até agora o crime não foi esclarecido, algo bastante comum na violenta Honduras.
"Em todas as reuniões que tivemos, questionamos a institucionalidade hondurenha e a capacidade de realizar uma investigação que elimine qualquer dúvida sobre os assassinos materiais e intelectuais", disse o eurodeputado espanhol Miguel Urbán Crespo, em uma entrevista de imprensa.
O parlamentar faz parte de um contingente formado ainda por ativistas dos Estados Unidos, México, Guatemala, El Salvador e Argentina, que chegou a Honduras na quarta-feira para se reunir com autoridades locais, diplomáticas e a organização de Berta Cáceres.
O governo do presidente Juan Orlando Hernández rechaçou a ideia de formar uma comissão internacional para investigar o crime, mas solicitou o apoio de agentes dos Estados Unidos e do Alto Comissionado de Direitos Humanos da ONU.
(Reportagem de Anahi Rama)