Por Gina Cherelus
(Reuters) - O ator Morgan Freeman foi acusado por ao menos oito mulheres de comportamento inadequado ou assédio no trabalho em sets de filmagem e em eventos promocionais, informou a CNN nesta quinta-feira.
A CNN disse que falou com 16 pessoas como parte de uma investigação sobre o ator de 80 anos, e algumas delas também alegaram comportamento inadequado de Freeman em sua produtora, a Revelations Entertainment.
Em comunicado, Freeman disse que pede desculpas a qualquer uma que tenha se sentido desconfortável ou desrespeitada.
"Qualquer pessoa que me conhece ou que trabalhou comigo sabe que não sou alguém que ofende intencionalmente ou deixa alguém desconfortável conscientemente", disse o ator no comunicado. "Peço desculpas a qualquer uma que se sentiu desconfortável ou desrespeitada -- essa nunca foi minha intenção."
Representantes de Freeman e da Revelations Entertainment não responderam a pedidos de comentários adicionais. A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente nenhuma das alegações.
Várias acusações de má conduta sexual contra atores, cineastas e agentes têm atormentado Hollywood desde outubro de 2017, levando, em alguns casos, a demissões e a suspensão de projetos.
Acusações semelhantes também envolveram homens na política e negócios dos EUA e inspiraram o movimento de mídia social #MeToo, em que vítimas compartilham suas histórias de assédio ou abuso sexual.
A CNN disse que oito pessoas disseram à emissora que foram vítimas do que algumas chamam de assédio e outras chamam de comportamento inadequado de Freeman. De acordo a CNN, outras oito afirmaram que testemunharam a suposta má conduta do ator.
A CNN também disse que outras fontes negaram ter visto qualquer comportamento questionável do ator, e que essas fontes o descreveram como profissional no set e no escritório.
Freeman, cuja carreira tem 50 anos e mais de 100 filmes, ganhou um Oscar em 2005 como melhor ator coadjuvante por seu papel como ex-boxeador em "Menina de Ouro".