CARACAS (Reuters) - As aulas foram retomadas na Venezuela nesta quarta-feira, depois que dois grandes apagões nacionais deixaram pais frustrados lutando para entreter seus filhos e forçaram o Ministério da Educação a prorrogar o ano letivo.
Duas grandes quedas de energia fizeram com que o governo cancelasse as aulas por todo o país. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse no início desta semana que as atividades seriam retomadas nesta quarta-feira.
O ministro da Educação, Aristóbulo Istúriz, disse que as aulas, que normalmente vão até o início de julho, continuarão até o final do mês, segundo a agência de notícias estatal AVN.
“Nesta quarta-feira, as crianças voltam às aulas com muito amor e entusiasmo”, escreveu o ministro da Juventude, Pedro Infante, em publicação no Twitter.
As aulas em escolas primárias, de ensino médio e em universidades foram suspensas por uma semana no início e no final de março, devido a prolongadas quedas de energia.
Como resultado dos apagões, os sistemas de bombeamento de água e de telecomunicações também foram interrompidos. A retomada dos serviços tem sido irregular no país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), com cidades como San Cristóbal, Valencia e Maracay ainda relatando fornecimento intermitente de eletricidade.
Em Maracay, a cerca de 120 km ao sudoeste de Caracas, pais disseram que algumas escolas estavam com poucos professores.
“Na escola do meu filho, só havia quatro professores e eles só deixaram os meninos praticarem esportes”, disse Griselda Ascabio, secretária de 39 anos.
(Reportagem de Carlos Carrillo e Vivian Sequera em Caracas,
Mircely Guanipa em Punto Fijo, Mariela Nava em Maracaibo e Anggy Polanco em San Cristóbal)