Por Phil Stewart
WASHINGTON (Reuters) - Kathryn Wheelbarger, uma das mais proeminentes e respeitadas formuladoras de políticas do Pentágono, renunciou ao cargo que ocupava depois de três anos no posto no momento em que críticos acusam o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de priorizar seus supostos "fiéis" para cargos de destaque na segurança nacional.
Wheelbarger, que é tida em alta conta por especialistas de segurança nacional do Partido Republicano de Trump e entre democratas, não explicou a razão de sua saída em sua carta de renúncia, uma cópia da qual foi obtida pela Reuters.
Em 13 de fevereiro, a Casa Branca a nomeou a um cargo de inteligência de alto escalão, mas na semana passada a mesma Casa Branca surpreendeu anunciando planos para nomear Bradley Hansell, um ex-assistente especial de Trump, como vice-subsecretário de Defesa para a inteligência.
Tanto autoridades atuais e antigas acusaram a Casa Branca de preterir Wheelbarger por causa de seu trabalho anterior com o falecido senador republicano John McCain, um crítico ferrenho de Trump e ex-presidente do Comitê das Forças Armadas do Senado.
Wheelbarger estava a cargo do portfólio de inteligência do comitê e era bem vista pelo Congresso.
"Parece que ela não passou no teste de lealdade por algum motivo", disse uma ex-autoridade sob condição de anonimato. Sua saída chegará no momento em que Trump tenta vencer uma resistência forte de democratas do Senado à indicação do general aposentado do Exército Anthony Tata, um defensor aguerrido de Trump na rede Fox News, ao principal cargo de formulação de políticas do Pentágono.
Tata retratou o ex-presidente Barack Obama equivocadamente como um muçulmano e o acusou de forma igualmente falsa de ser um "líder terrorista" que trabalhava em benefício do Irã, de acordo com tuítes hoje apagados vistos pela Reuters.