Por Suleiman Al-Khalidi e Ece Toksabay
AMÃ/ANCARA (Reuters) - Aviões russos e sírios bombardearam nesta quinta-feira o noroeste da Síria — onde rebeldes controlam áreas próximas à fronteira com a Turquia — com o objetivo de refluir uma ofensiva insurgente que conquistou territórios pela primeira vez em anos, disseram fontes no Exército sírio e dos rebeldes.
Rebeldes liderados pelo grupo militante Hayat Tahrir al-Sham invadiram na quarta-feira dezenas de cidades e vilarejos na província de Aleppo, controlada pelas forças do presidente da Síria, Bashar al-Assad.
O ataque foi o maior desde março de 2020. Naquele mês, a Rússia — que apoia Assad — e a Turquia — favorável aos rebeldes — assinaram um cessar-fogo que encerrou anos de combates que forçaram a fuga de milhões de sírios contrários ao governo de Assad de suas casas.
O Exército sírio disse que suas ações levaram a muitas baixas sobre aqueles que descreveu como terroristas que tinham realizado amplos ataques. Os militares disseram que estão agindo em cooperação com a Rússia e “forças amigas” para retomar os territórios e restaurar a normalidade.
Os rebeldes avançaram quase 10 quilômetros dos subúrbios de Aleppo e a poucos quilômetros de Nubl e Zahra, duas cidades xiitas onde o Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã, tem uma forte presença de milícias, disse uma fonte do Exército.
O aeroporto Al-Nayrab, localizado a leste de Aleppo e onde milícias pró-Irã possuem postos de controle, também foi atacado.
(Reportagem de Suleiman Al-Khalidi em Amã, Ece Toksabay, Tuvan Gumrukcu e Huseyin Hayatsever em Ancara; reportagem adicional de Elwely Elwelly em Dubai)