VALLETTA (Reuters) - Um avião que fazia um voo interno na Líbia foi sequestrado nesta sexta-feira por um homem que dizia ter uma granada de mão e a aeronave foi desviada para Malta, onde pousou com 118 pessoas a bordo.
O sequestrador disse aos tripulantes que era "pró-Gaddafi" e que iria deixar todos os 111 passageiros saírem do Airbus A320, mas não deixaria os tripulantes saírem caso suas exigências não fossem atendidas, relatou o jornal Times of Malta.
É incerto quais eram as exigências. Alguns relatos da mídia indicavam que havia mais de um sequestrador. O Ex-líder líbio Muammar Gaddafi foi morto em um levante em 2011 e o país tem sido atormentado por violência de facções desde então.
Tropas tomaram posições a poucas centenas de metros de onde o avião pousou e ninguém foi visto deixando ou entrando na aeronave. Os motores do avião ainda estavam ligados 45 minutos depois do pouso na manhã desta sexta-feira, segundo o Times of Malta.
Alguns outros voos do Aeroporto Internacional de Malta foram cancelados ou desviados, segundo o jornal.
Uma autoridade sênior da segurança líbia disse à Reuters que durante o voo, o piloto disse à torre de controle do aeroporto de Mitiga, em Trípoli, que a aeronave havia sido sequestrada.
"O piloto relatou à torre de controle em Trípoli que eles haviam sido sequestrados, então perderam comunicação", disse a autoridade, falando sob condição de anonimato.
O avião voava de Sebha, no sudoeste da Líbia, para a capital Trípoli pela estatal Afriqiyah Airways, um voo que normalmente leva pouco mais de duas horas.
A pequena ilha mediterrânea de Malta, país-membro da União Europeia, fica a cerca de 500 quilômetros de Trípoli.
(Reportagem de Chris Scicluna)