SANTIAGO (Reuters) - O chefe de gabinete e ministro do Interior do Chile, Jorge Burgos, renunciou nesta quarta-feira, anunciou o governo, depois de uma série de desavenças políticas com outras autoridades governamentais e no momento em que a popularidade da presidente chilena, Michelle Bachelet, atinge recordes negativos.
Burgos, membro do Partido Democrata Cristão (PDC), parte da aliança de governo Nova Maioria de Bachelet, entrou em choque com outros ministros por causa das reformas trabalhistas e a pauta de combate ao crime do governo.
O governo disse que Burgos entregou sua demissão devido a "razões pessoais", e o substituiu pelo também democrata cristão Mario Fernández Baeza, que até então servia como embaixador no Uruguai.
O gabinete emitiu um comunicado confirmando a renúncia, revelada inicialmente pelo congressista Matias Walker, que também é vice-presidente do PDC.
"Isso nos pegou de surpresa, e o lamentamos muito", disse Walker a repórteres.
O índice de aprovação de Bachelet caiu de 29 por cento em abril para 24 por cento em maio, voltando ao recorde negativo do ano passado, de acordo com uma pesquisa da empresa Gfk Adimark.
Bachelet cumpriu cerca de metade do mandato iniciado em março de 2014 e viu suas altas taxas de popularidade anteriores enfraquecerem devido a escândalos financeiros que envolveram até membros de sua família e à revolta com a estagnação da economia.
(Por Antonio De la Jara e Felipe Iturrieta)