LONDRES (Reuters) - A BBC informou nesta quarta-feira que não vai renovar o contrato de Jeremy Clarkson, apresentador do popular programa automotivo "Top Gear", após desentendimentos com um produtor.
Clarkson, de 54 anos, que se envolveu em diversas polêmicas, já estava cumprindo período de aviso por conta de acusações no ano passado de que usou linguagem racista enquanto filmava o programa.
"É com profunda tristeza que disse a Jeremy Clarkson hoje que a BBC não vai renovar seu contrato", disse o diretor-geral da BBC, Tony Hall, em nota.
Não havia nenhum comentário imediato disponível de Clarkson.
Mais de um milhão de pessoas do mundo todo assinaram uma petição online pedindo que a BBC colocasse Clarkson de volta ao após depois que ele foi suspenso inicialmente.
Em uma reportagem, a BBC disse que o produtor Oisin Tymon foi vítima de um ataque físico e verbal não provocado de Clarkson em um hotel no norte da Inglaterra, no início deste mês, que o deixou sangrando e com o lábio inchado.
"Top Gear", que é transmitido em mais de 200 países, é um dos programas mais lucrativos da BBC, mas seu apresentador, amigo do primeiro-ministro David Cameron, ofendeu, entre outros, grupos ambientalistas, instituições de caridade e ciclistas.
Em outubro do ano passado, o programa iniciou um incidente diplomático entre Argentina e Grã-Bretanha, dois países que entraram em guerra em 1982 por conta das Ilhas Malvinas (Falkland, em inglês).
Uma equipe do "Top Gear" foi forçada a sair da Argentina após dirigir um Porsche 928 GT com a placa H982 FKL - que algumas pessoas sugeriram que poderia se referir ao conflito das Malvinas.
(Reportagem de Stephen Addison) 2015-03-25T145248Z_1006900001_LYNXMPEB2O0PG_RTROPTP_1_CULTURA-TV-TOPGEAR-JEREMYCLARKSON.JPG