Por Nandita Bose
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está considerando editar decretos e outras medidas para aumentar o acesso e financiamento para mulheres se a Suprema Corte dos EUA votar para anular a decisão Roe vs. Wade que legalizou o aborto no país, disseram autoridades e fontes com conhecimento do assunto.
Um vazamento sem precedentes de um rascunho de parecer da Suprema Corte, publicado pelo site Politico na semana passada, mostrou que o tribunal deve anular a decisão Roe vs. Wade, que dizia que a Constituição dos EUA protege o direito da mulher de optar por fazer um aborto.
O presidente pediu ao Conselho de Política de Gênero da Casa Branca, ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos e ao Gabinete do Conselho da Casa Branca que elaborem um plano para proteger os direitos das mulheres, disse a secretária de imprensa, Jen Psaki, a repórteres na terça-feira.
Uma fonte que assessora a Casa Branca sobre como ela pode resolver o problema disse à Reuters que muitas medidas que estão sendo consideradas estão ligadas a pedir às agências federais que façam mais.
Por exemplo, a Casa Branca está considerando pressionar a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA), que controla o acesso a remédios prescritos, para aumentar o acesso aos medicamentos usados em abortos medicamentosos, afirmou a fonte. Os abortos medicamentosos representam cerca de metade do total de abortos nos Estados Unidos e precisam ser administrados por médicos em muitos Estados.
A Casa Branca também está discutindo a disponibilização online de pílulas abortivas de fornecedores interestaduais e estrangeiros para uso pessoal e pedindo à FDA que publique uma lista de fornecedores respeitáveis e autorizados, disse a fonte.