Por Jeff Mason e Kanishka Singh
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira que acredita que os caminhões que transportam ajuda chegarão a Gaza nas próximas 24 a 48 horas, enquanto se reúne com líderes da União Europeia na Casa Branca para discutir a guerra no Oriente Médio.
O grupo islâmico palestino Hamas atacou Israel em 7 de outubro, matando 1.400 pessoas, a maioria civis. Desde então, Israel tem bombardeado Gaza com ataques aéreos. Pelo menos 4.137 palestinos foram mortos, incluindo centenas de crianças, em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.
Questionado sobre a passagem de caminhões de ajuda para Gaza, Biden afirmou que tinha um compromisso com os israelenses e com o presidente do Egito.
A "estrada tinha que ser repavimentada", disse Biden. Ele afirmou que acredita que nas próximas 24 a 48 horas os primeiros 20 caminhões com ajuda chegariam a Gaza.
A atenção internacional tem se concentrado na ajuda para Gaza através do único ponto de acesso não controlado por Israel, a passagem de Rafah para o Egito. Biden, que visitou Israel na quarta-feira, saiu com uma promessa de Israel de permitir carregamentos limitados a partir do Egito, desde que a ajuda seja monitorada para evitar que chegue ao Hamas.
Rafah está fora de operação por quase duas semanas desde que o Hamas atacou Israel.
O bombardeio de Israel em Gaza, um enclave de 45 km de extensão, em retaliação ao ataque do Hamas, piorou as condições para 2,3 milhões de pessoas que vivem lá sob um bloqueio de Israel e do Egito desde que o Hamas assumiu o controle em 2007.
A atividade diplomática em torno da abertura da passagem de Rafah se intensificou, com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi recebendo recentemente o principal general dos EUA que supervisiona as tropas no Oriente Médio, bem como o rei Abdullah da Jordânia, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, pedindo no Cairo que a ajuda seja entregue em escala e de forma sustentada.