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Por Jarrett Renshaw e Karol Badohal
VARSÓVIA (Reuters) - O presidente norte-americano, Joe Biden, disse neste sábado que a invasão da Ucrânia pela Rússia ameaça a segurança global e que as democracias do mundo precisam se preparar para uma longa luta contra a autocracia.
“O Ocidente agora está mais forte, mais unido do que jamais esteve”, afirmou Biden a centenas de autoridades eleitas, estudantes e funcionários da embaixada dos EUA, muitos segurando bandeiras norte-americanas, polonesas ou ucranianas.
"Precisamos nos preparar para a longa luta que temos pela frente”.
Chamando a luta contra Putin de “nova batalha pela liberdade”, Biden afirmou que o desejo de Putin por “poder absoluto” é um fracasso estratégico para a Rússia e um desafio direto à paz europeia, que no geral vem prevalecendo desde a Segunda Guerra Mundial.
Os comentários no Castelo Real de Varsóvia acontecem após Biden fazer novas promessas de segurança à Ucrânia e chamar Putin de “carniceiro” durante uma reunião com refugiados que fugiram da guerra na Ucrânia para a capital polonesa.
Biden, que assumiu o poder ano passado após uma eleição violentamente controversa, prometeu restaurar a democracia em seu país e unir democracias no exterior para confrontar autocratas, incluindo o presidente russo e o líder chinês, Xi Jinping.
A invasão da Ucrânia por Putin em 24 de fevereiro testou essa promessa e ameaçou inaugurar uma nova Guerra Fria, três décadas depois da queda da União Soviética.
O presidente norte-americano está encerrando três dias de reuniões de emergência na Europa com o G7, Conselho Europeu e Otan, com o objetivo de construir uma abordagem unificada contra Putin.
(Reportagem adicional de Natalia Zinets em Lviv, Nandita Bose em Washington, Humeyra Pamuk, Alan Charlish, Justyna Pawlak e Joanna Plucinska em Varsóvia e Kanishka Singh em Bengaluru)