(Reuters) - Horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descrevê-lo como "totalmente corrupto", o ex-vice-presidente Joe Biden, um dos pré-candidatos democratas favoritos na corrida pela Casa Branca em 2020, prometeu na quarta-feira que o presidente republicado não o "destruirá".
"Permitam-me deixar algo claro a Trump, seus capangas e os interesses especiais que financiam seus ataques contra mim", disse Biden em comentários por escrito distribuídos por sua campanha antes de um evento em Reno, no Estado de Nevada, na noite de quarta-feira.
"Não vou a lugar nenhum. Vocês não me destruirão. E não destruirão a minha família. Não me importa quanto dinheiro vocês gastam ou quão sujos os ataques se tornam", disse Biden, que aparece nas pesquisas de opinião na dianteira dos 19 democratas que cobiçam a indicação do partido para enfrentar Trump na eleição do ano que vem.
O bate-boca começou quando Trump, primeiro em uma série de tuítes e depois em uma coletiva de imprensa, criticou raivosamente um inquérito de impeachment relacionado a um telefonema de julho em que pediu ao presidente da Ucrânia que investigasse Biden e seu filho, Hunter, que atuou no conselho de uma empresa ucraniana quando seu pai era vice-presidente dos EUA.
Democratas acusaram Trump de pressionar um aliado vulnerável dos EUA a interferir na eleição de 2020 para ter uma vantagem política pessoal.
Ainda na quarta-feira, Trump insistiu que agiu corretamente e classificou Biden e seu filho como "totalmente corruptos". O presidente vem acusando ambos de irregularidade, mas sem apresentar qualquer prova.
Biden, por sua vez, acusou Trump de abuso de poder em um comunicado enviado aos repórteres antes de seu discurso na quarta-feira.
Sua campanha disse que Biden pretendia retratar Trump como um valentão assustado no evento em Reno.
"Ele o fez porque, como todo valentão da história, está com medo", Biden planejava dizer a respeito das acusações de Trump contra ele e seu filho. "Ele está com medo da surra que eu lhe daria em novembro do ano que vem".
(Por Sharon Bernstein em Sacramento, Califórnia)