O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Partido Democrata), disse estar confiante de que as eleições presidenciais, marcadas para 5 de novembro, serão “livres” e “justas”. Mas demonstrou preocupação com uma possível falta de “paz” na transferência de poder, mencionando especialmente figuras do Partido Republicano, como o ex-presidente Donald Trump, que concorre contra a atual vice-presidente democrata, Kamala Harris.
Em coletiva de imprensa na Casa Branca, na 6ª feira (4.out.2024), Biden criticou Trump por não aceitar o resultado das eleições de 2020 e repudiou declarações de J.D. Vance, candidato a vice-presidente na chapa republicana. Durante debate, Vance evitou afirmar se aceitaria os resultados das eleições de 2024 e atacou o que chamou de “censura democrata”. Ele também se recusou a reconhecer a derrota de Trump nas eleições de 2020.
“As declarações de Trump na última eleição, quando ele não aceitou o resultado, foram muito perigosas”, disse Biden a jornalistas. “Agora, o candidato a vice-presidente dos republicanos não garantiu que aceitará o resultado das eleições e sequer reconheceu a derrota na eleição passada”, continuou.
Trump continua a negar a derrota para Biden em 2020. Sua campanha, junto a aliados, entrou com diversas ações judiciais para contestar os resultados.
O ex-presidente dos Estados Unidos foi indiciado em agosto na investigação sobre seus esforços para reverter o resultado da eleição de 2020, incluindo a incitação de apoiadores à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. O republicano foi acusado formalmente de conspirar contra o país e contra os direitos dos cidadãos norte-americanos, entre outras duas denúncias.
Também foi formalmente acusado por tentativa de manipular o resultado da eleição presidencial de 2020 no Estado da Geórgia.