Bom dia e excelente nova semana, mercado do câmbio. Não adianta reclamar do título da análise de hoje, porque é isso, mais do mesmo. O dólar à vista fechou a semana passada cotado a R$ 5,8143 para venda, conforme informado pela mesa da Getmoney corretora.
A semana que passou foi marcada pela ansiedade quanto ao pacote fiscal, escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia e pelo efeito Trump. Todos esses fatores pesam sobre o real, ou seja, fazem com que o dólar suba. Na sexta-feira vimos o PMI composto preliminar de novembro da zona do euro em contração, o que derrubou a cotação a moeda da União Europeia.
Aqui no Brasil, o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do 5º bimestre de 2024, que saiu sexta após o mercado fechar, mostrou que o Governo Federal espera arrecadar R$ 17 bilhões até o fim de 2024. O pacote de arrecadação aprovado no ano passado previa R$ 168,3 bilhões no ano para garantir a meta de déficit zero, porém a projeção atual das despesas primárias do governo para o ano está em R$ 19,30 bilhões acima do limite estabelecido.
Além disso, o governo anunciou o bloqueio adicional de R$ 6,04 bilhões do Orçamento Federal para 2024, com o objetivo de cumprir o déficit zero. Hoje o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá com o presidente Lula para falar do pacote de corte de gastos. O mercado aguarda que este pacote saia no decorrer desta semana.
Na quinta e sexta teremos feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Durante a semana sairão dados relevantes na agenda econômica. Aqui no Brasil o IPCA-15 e o IGP-M de novembro, ambos importantes indicadores de inflação. Nos EUA, o PIB do terceiro trimestre e o PCE de outubro, considerado o indicador de inflação preferido do Fed para tomada de decisão da taxa de juros. Atualmente, a principal preocupação do Fed é com a sustentabilidade da dívida fiscal. A partir de janeiro, com a posse de Trump, cortes de impostos e tarifas de importação devem alimentar a inflação e o déficit federal. Tudo isso já está refletindo em rendimentos dos Treasuries elevados.
O calendário econômico de hoje trará aqui no Brasil a confiança do consumidor de novembro medida pela FGV (8:00 hrs), o Boletim Focus (8:25 hrs) e o investimento estrangeiro direto de outubro (8:30 hrs). De resto, agenda esvaziada.
Bons negócios a todos e muito lucro.