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Biden e Kamala fazem campanha na Pensilvânia, enquanto crise em Israel se intensifica

Publicado 02.09.2024, 11:09
Atualizado 02.09.2024, 11:10
© Reuters. Vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, ao lado do presidente dos EUA, Joe Biden, em Marylandn15/08/2024 REUTERS/Elizabeth Frantz

Por Stephanie Kelly

REHOBOTH BEACH (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se juntará à vice-presidente e candidata democrata à Presidência, Kamala Harris, na campanha nesta semana pela primeira vez desde que Kamala o substituiu no topo da chapa democrata, mas a descoberta de mortes de reféns israelenses em Gaza no fim de semana provavelmente ofuscará os eventos.

Esta semana marca o início da arrancada vital pós-Dia do Trabalho para a eleição de 5 de novembro, e espera-se que tanto Kamala quanto seu adversário republicano, o ex-presidente Donald Trump, intensifiquem as tentativas de chegar aos eleitores, especialmente em Estados cruciais como Pensilvânia, Michigan e Nevada.

No fim de semana, Israel recuperou os corpos de seis reféns de um túnel em Gaza, onde afirmou que eles foram recentemente mortos pelo Hamas, provocando fortes críticas à estratégia de cessar-fogo do governo Biden e uma nova pressão sobre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para trazer os reféns restantes para casa.

O governo dos EUA, incluindo o próprio Biden, vem tentando há meses intermediar um cessar-fogo no conflito entre Hamas e Israel. A investida militar de Israel em Gaza, lançada em resposta ao ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro que matou 1.200 pessoas, já matou mais de 40.000 palestinos. A questão está pesando na eleição dos EUA, com ativistas pró-palestinos ameaçando aumentar os protestos contra Kamala durante a campanha e republicanos culpando Biden e Kamala pelas mortes dos reféns.

Na segunda-feira, Biden e Kamala farão campanha juntos em Pittsburgh, na Pensilvânia, um dos Estados cruciais mais importantes neste ciclo eleitoral. Kamala também viajará para Detroit, no Michigan, e seu candidato a vice-presidente, o governador de Minnesota, Tim Walz, viajará para Milwaukee, no Wisconsin.

Antes de fazerem campanha, no entanto, Biden e Kamala se reunirão na Casa Branca com a equipe norte-americana de negociação do acordo de reféns para discutir os esforços por um acordo que garanta a libertação dos reféns restantes, disse a Casa Branca.

Enquanto isso, Trump participará de uma reunião aberta da Fox na quarta-feira, apresentada por Sean Hannity, e no final desta semana discursará na reunião de outono da Ordem Fraternal da Polícia em Charlotte, Carolina do Norte, e realizará um comício em Wisconsin.

Segundo uma pesquisa Reuters/Ipsos recente, Kamala tem vantagem de 45% a 41% contra Trump.

Kamala e Walz esperam manter o entusiasmo que sua entrada na disputa em 21 de julho provocou entre os democratas, que estão doando quantias recordes de dinheiro para a campanha e se voluntariando às dezenas de milhares. Eles se concentraram em uma mensagem positiva e otimista sobre o futuro dos Estados Unidos, em planos de redução de custos voltados para a classe média e em atrair republicanos que não gostam de Trump.

Enquanto isso, Trump e seu candidato a vice-presidente, JD Vance, têm sofrido para encontrar uma linha clara de ataque contra Kamala, pintando-a tanto como uma progressista impenitente quanto como herdeira das políticas mais centristas de Biden, ao mesmo tempo em que criticam sua inteligência e espalham memes grosseiros na Internet.

© Reuters. Vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, ao lado do presidente dos EUA, Joe Biden, em Maryland
15/08/2024 REUTERS/Elizabeth Frantz

Um assessor externo de Trump havia dito à Reuters, sob condição de anonimato, que vários assessores disseram a Trump que o foco contínuo em insultos em vez de políticas poderia arruinar suas chances em novembro.

A campanha de Kamala parece estar superando a de Trump na arrecadação de fundos -- na semana passada, a campanha da democrata informou à Comissão Eleitoral Federal que arrecadou 204 milhões de dólares em julho, em comparação com os 48 milhões de dólares informados ao órgão pelo principal grupo de arrecadação de fundos de Trump. Os dois lados estão bombardeando os Estados cruciais com anúncios na TV.

(Reportagem de Stephanie Kelly; reportagem adicional de James Oliphant)

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