Por Trevor Hunnicutt e Nandita Bose
ATLANTA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris, foram à Geórgia nesta sexta-feira para se encontrar com líderes da comunidade asiático-norte-americana depois de um massacre a tiros no Estado, mudando o foco de uma viagem planejada originalmente para divulgar um pacote de alívio do coronavírus de 1,9 trilhão de dólares.
Um homem de 21 anos foi acusado de assassinar oito pessoas, seis delas mulheres de ascendência asiática, em três spas dentro e nos arredores de Atlanta na terça-feira, abalando asiático-norte-americanos já às voltas com um aumento de crimes de ódio contra a comunidade desde o início da pandemia de Covid-19.
Biden e Harris se encontrarão com líderes comunitários e parlamentares estaduais da comunidade asiático-norte-americana e de ilhéus do Pacífico para ouvir suas preocupações com os assassinatos e debater um aumento de crimes de ódio contra asiáticos, disse a Casa Branca.
Investigadores disseram que o suspeito, um morador branco da área de Atlanta, insinuou que uma frustração sexual o levou aos atos de violência. Líderes políticos e defensores de direitos civis especulam que os assassinatos foram motivados ao menos em parte por um sentimento antiasiático crescente.
Biden também instruiu duas autoridades da Casa Branca, Cedric Richmond e Susan Rice, a se engajarem com a comunidade, e apoia uma legislação recente que pede uma análise ampliada do Departamento de Justiça sobre de crimes de ódio relacionados à Covid-19.
(Por Trevor Hunnicutt em Atlanta e Nandita Bose em Washington)