Por Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) - O aumento das tensões nas águas da Ásia estão no topo da agenda do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que recebe líderes da Austrália, Índia e Japão em sua casa no Estado de Delaware, para uma visita diplomática que tem o objetivo de mostrar oposição à China nos últimos meses de seu mandato.
Biden foi a Wilmington nesta sexta-feira, antes do encontro, ocasião em que líderes devem conversar sobre a disputa entre Pequim e seus vizinhos no Mar da China Meridional, países que têm discordado frequentemente sobre o disputado território, disseram autoridades norte-americanas à Reuters.
Na agenda do encontro estão o fortalecimento da cooperação de segurança no Oceano Índico e o progresso para rastrear frotas ilegais de pesca que operam na região do Indo-Pacífico, a maioria de embarcações chinesas.
Comunicado conjunto a ser divulgado deve incluir um tom mais forte do que o de reuniões anteriores sobre o Mar da China Meridional e as ameaças da Coreia do Norte, disseram autoridades.
Na noite desta sexta-feira, Biden recebeu o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, na primeira de uma série de reuniões fechadas à imprensa.
"Vocês verão diferentes sinais, durante essa reunião e suas conclusões, de que o Quad é uma instituição bipartidária que veio para ficar", disse uma autoridade dos EUA, referindo-se ao nome do grupo.
O Quad também deve debater segurança da saúde, tratamento de câncer, tecnologia e medidas de infraestrutura.
Pequim reivindica quase todo o Mar da China Meridional, incluindo territórios localizados dentro das zonas econômicas exclusivas de Filipinas, Brunei, Malásia e Vietnã. O país também reivindica partes do Mar da China Oriental que são disputadas por Japão e Taiwan. A China vê a ilha de Taiwan, administrada de forma independente, como seu território.
(Reportagem de Trevor Hunnicutt; reportagem adicional de David Brunnstrom e Krishn Kaushik)