Por Steve Holland e Nandita Bose
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encara com cautela as promessas da Rússia de recuar suas forças em torno de Kiev, e os Estados Unidos e seus aliados começaram a discutir nesta terça-feira um potencial novo pacote de ajuda de 500 milhões de dólares à Ucrânia.
Biden falou mais cedo pelo telefone por quase uma hora com o presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
A conversa ocorreu em meio às negociações de paz entre Rússia e Ucrânia em Istambul nesta terça, nas quais Moscou prometeu reduzir suas operações militares próximas às cidades de Kiev e Chernihiv, e a Ucrânia propõe um status neutro com garantias internacionais de segurança enquanto mantém seu território.
Falando ao lado do primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, Biden disse que as sanções econômicas que afetaram a economia russa continuarão enquanto os Estados Unidos e seus aliados monitoram as ações de Moscou com suas forças militares.
"Vamos ver. Eu não vou ler nada até vermos quais serão suas ações", disse Biden.
Uma nota da Casa Branca sobre a teleconferência de Biden com seus aliados disse que eles revisaram as iniciativas para oferecer assistência humanitária aos milhões de ucranianos afetados pela guerra e àqueles que buscam refúgio em outros países.
"Eles também discutiram a importância de apoiar os mercados estáveis de energia diante das atuais interrupções causadas pelas sanções", diz a nota.