Por Josh Smith e Hyonhee Shin
SEUL (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu novo par sul-coreano concordaram neste sábado em realizar grandes exercícios militares e implantar mais armas norte-americanas, se necessário, para dissuadir a Coreia do Norte, ao mesmo tempo que se ofereceram para enviar vacinas contra a Covid-19 e se reunir com Kim Jong Un.
Biden e Yoon Suk-yeol afirmaram que a aliança que seus países mantêm há décadas não deve apenas fazer frente às ameaças norte-coreanas, mas também manter a região do Indo-Pacífico "livre e aberta" e proteger as cadeias de suprimentos globais.
Os dois líderes se reúnem em Seul no primeiro compromisso diplomático desde a posse do presidente sul-coreano, há 11 dias.
O encontro entre aliados foi marcado pelos dados da inteligência que mostram que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, está preparado para testes nucleares ou de mísseis.
Yoon pediu mais garantias de que os Estados Unidos reforçariam sua capacidade de dissuasão frente as ameaças norte-coreanas. Em uma declaração conjunta, Biden reafirmou o compromisso dos Estados Unidos de defender a Coreia do Sul com armas nucleares, se necessário.
As duas partes concordaram em estudar a possibilidade de expandir seus exercícios militares, que haviam sido reduzidos nos últimos anos devido à Covid-19 e aos esforços para reduzir a tensão com o Norte.
Os Estados Unidos também prometeram implantar "ativos estratégicos" – que normalmente incluem aviões bombardeiros de longo alcance, submarinos com mísseis ou porta-aviões – caso necessário para dissuadir a Coreia do Norte, segundo o comunicado.
Ambos os líderes disseram estar comprometidos com a desnuclearização da Coreia do Norte e abertos à diplomacia com Pyongyang.
A Coreia do Norte informou neste sábado, pelo quinto dia consecutivo, a existência de mais de 200 mil novos pacientes com febre, mas o país quase não tem vacinas ou tratamentos modernos para a pandemia.
(Reportagem de Trevor Hunnicutt, Hyonhee Shin, Jack Kim, Eric Beech e Josh Smith)