Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinalará o aniversário de um ano do lockdown contra o coronavírus no país nesta quinta-feira com um discurso no horário nobre em que lembrará as perdas da pandemia, mas expressará esperança no futuro agora que as vacinações aumentam.
O presidente democrata, que fez campanha prometendo conter o coronavírus mais eficientemente do que seu antecessor republicano, Donald Trump, alerta os norte-americanos desde sua posse, em janeiro, que o vírus mortal ainda causará mais mortes e sofrimento.
Mas como a população vacinada aumenta lentamente, Biden está transmitindo uma esperança renovada ao mesmo tempo em que exorta as pessoas a continuarem mostrando cautela contra novos focos.
Mais de 528 mil pessoas já morreram de Covid-19 nos EUA, e só cerca de 10% do país já foi totalmente vacinado. Na quarta-feira, Biden disse que aproveitará o pronunciamento às 20h locais para debater "o que passamos como nação neste último ano".
"Mas o mais importante é que falarei do que vem em seguida. Lançarei a próxima fase da reação à Covid e explicarei o que faremos como governo e o que pediremos do povo americano", disse.
Biden obteve uma vitória legislativa precoce com a aprovação congressual de seu projeto de lei de estímulo de 1,9 trilhão de dólares, e seu governo planeja ressaltá-lo nas próximas semanas antes de impulsionar mais pontos de seu plano de campanha "Reconstruindo Melhor".
O presidente deve alertar os compatriotas que, como pessoas de todo o globo, estão ficando cansados das restrições da pandemia a não retomarem um comportamento normal.
Ele tem apelado pela manutenção do uso de máscaras, do distanciamento social e da boa higiene, e desestimula cidades e Estados a afrouxarem suas diretrizes sobre aglomerações.
"Não podemos baixar a guarda ou supor que a vitória é inevitável. Juntos, atravessaremos esta pandemia e traremos um futuro mais saudável e mais esperançoso", disse ele em um evento com executivos-chefes de farmacêuticas na quarta-feira.
Até a manhã de terça-feira, quase 128 milhões de doses das três vacinas contra coronavírus autorizadas no país haviam sido distribuídas nos EUA e quase 96 milhões de doses administradas, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).
(Reportagem adicional de Andrea Shalal)