Por Idrees Ali e Phil Stewart e Alexandra Alper
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reverteu nesta segunda-feira uma proibição polêmica de seu antecessor à presença de indivíduos transgênero nas forças militares do país, uma medida que cumpre uma promessa de campanha e será comemorada por defensores da comunidade LGBTQ.
Em 2016, o ex-presidente democrata Barack Obama permitiu que pessoas transgênero servissem abertamente e recebessem tratamento médico para gêneros em transição. Já o presidente republicano Donald Trump congelou seu recrutamento, mas permitiu que aqueles já em serviço permanecessem.
"O presidente Biden acredita que a identidade de gênero não deveria ser um critério para o serviço militar, e que a força da América se encontra em sua diversidade", disse a Casa Branca em um comunicado.
"Permitir que todos os americanos qualificados sirvam seu país de uniforme é melhor para os militares e melhor para o país, porque uma força inclusiva é uma força mais eficaz. Dito de forma simples, é a coisa certa a fazer e é do interesse nacional".
Quando anunciou a proibição em 2017, usando sua conta no Twitter, Trump disse que os militares precisavam se concentrar na "vitória decisiva e contundente" sem o fardo dos "gastos médicos e do transtorno tremendos" de ter efetivos transgênero.
Um relatório de novembro de 2020 do centro de estudos de direitos LGBT Palm Center redigido pelo ex-cirurgião-geral militar disse que a proibição aos transgênero prejudicou a prontidão militar do país.
(Por Idrees Ali, Phil Stewart e Jeff Mason)