Por Gabriella Borter
WASHINGTON (Reuters) - Os bispos católicos dos Estados Unidos discutirão nesta semana se políticos, incluindo o presidente norte-americano Joe Biden, devem receber a comunhão mesmo apoiando o aborto e os direitos LGBTQ, debate que dividiu o clero e revelou divisões culturais internas.
Como o segundo católico a servir como presidente dos EUA, Biden, que é um democrata, alarma alguns líderes da Igreja ao apoiar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito ao aborto, pontos de vista que eles dizem ser contrários aos ensinamentos da Igreja.
Em sua reunião anual virtual, que ocorrerá entre quarta a sexta-feira, a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA decidirá se pedirá à Comissão de Doutrina que redija um documento de ensino sobre o tema da Comunhão, sacramento central para a fé católica romana.
Se a conferência decidir encomendar esse documento, pode ser uma forte repreensão simbólica àqueles que defendem pontos de vista contrários aos ensinamentos da Igreja, incluindo Biden e outros católicos que apoiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito ao aborto.
Biden, um ex-vice-presidente e senador dos EUA, tornou-se defensor ferrenho dos direitos LGBTQ na última década. Desde que assumiu o cargo de presidente, em janeiro, ele também reverteu as restrições federais às pílulas abortivas para torná-las mais acessíveis e propôs suspender a proibição de longa data do financiamento federal para o aborto em seu Orçamento de 2022.
(Reportagem adicional de Trevor Hunnicutt)