Por Lucy Craymer
WELLINGTON (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, alertou sobre "comportamento problemático" da China durante uma visita à nação insular de Tonga, no Pacífico, nesta quarta-feira, citando a militarização de Pequim no Mar do Sul da China e o que ele chamou de coerção econômica.
A crescente presença da China na região, que a viu assinar um pacto de segurança com as Ilhas Salomão no ano passado, tem alimentado a preocupação dos Estados Unidos e da Austrália sobre as ambições de Pequim e estimulado o aumento da ajuda e do engajamento do Ocidente.
Blinken disse em uma entrevista coletiva que os EUA não têm objeções ao envolvimento da China com a região, mas há preocupações de que seus investimentos precisam ser transparentes e realizados com financiamento sustentável.
"Acho que uma das coisas que temos visto é que, à medida que o envolvimento da China na região (Indo-Pacífico) cresceu, houve, de nossa perspectiva, um comportamento cada vez mais problemático", disse ele.
Blinken conversou anteriormente com o primeiro-ministro de Tonga, Siaosi Sovaleni, sobre a importância estratégica da região do Pacífico, antes de suas visitas às duas principais potências do Pacífico Sul, Austrália e Nova Zelândia.
Blinken disse que os Estados Unidos estão comprometidos tanto com Tonga quanto com as ilhas do Pacífico. Sua viagem é a mais recente de um autoridade de alto escalão dos EUA à região, e o presidente norte-americano, Joe Biden, organizou a primeira cúpula em Washington com os líderes das ilhas do Pacífico em setembro passado. Uma segunda cúpula está programada para este ano.
Nos últimos anos, a China financiou infraestrutura e aumentou sua presença diplomática na região. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, realizou uma turnê com várias paradas no Pacífico no ano passado.