ISLAMABAD (Reuters) - Bombardeios ao longo da fronteira disputada entre o Paquistão e a Índia mataram seis civis e feriram outras 30 pessoas, disseram autoridades dos dois lados nesta sexta-feira, no mais recente confronto entre os dois países com armas nucleares.
Os disparos ocorreram ao longo da fronteira que separa a província paquistanesa de Punjab da região indiana na Caxemira de Jammu, e a maior parte das mortes ocorreu do lado paquistanês.
O Exército do Paquistão afirmou que seis civis foram mortos e 26 ficaram feridos.
"Soldados do Paquistão responderam adequadamente em postos voltados para a população civil", disse o departamento de relações públicas do Exército paquistanês em comunicado.
Autoridades da polícia indiana em Jammu disseram que o cessar-fogo foi violado por forças paquistanesas, que feriram quatro civis em um local indiano.
Ambos os países reivindicam a Caxemira, e combateram duas das três guerras pela região himalaia, a qual eles disputam desde a divisão e a independência do domínio colonial britânico em 1947.
Em julho, quatro soldados foram mortos quando bombardeios indianos ao redor da Linha de Controle, que separa partes da Caxemira mantidas por ambos os países, atingiu um veículo do exército paquistanês. Autoridades indianas negaram conhecimento do incidente.
Em maio, a Índia acusou forças paquistanesas de matarem dois soldados patrulhando a Linha de Controle e mutilaram seus corpos. O Exército paquistanês negou as alegações e afirmou não ter cometido as violações de cessar-fogo.
Ambos os lados já haviam trocado acusações de violar o cessar-fogo e de decapitar soldados no passado.