AMÃ (Reuters) - Rebeldes sírios disseram nesta terça-feira que repeliram uma ofensiva do Exército do país no sul de Aleppo, e aviões de guerra da Rússia e da Síria continuaram a bombardear áreas residenciais em partes sitiadas da cidade onde milhares de civis estão retidos.
Os insurgentes disseram ter infligido baixas em combatentes pró-governo depois de várias horas de confrontos no bairro de Sheikh Saed, situado no limite sul da metade leste da cidade de Aleppo, comandada pelos rebeldes.
"Repelimos sua tentativa de avançar em Sheikh Saed, matamos 10 combatentes do regime e destruímos vários veículos", disse um combatente do grupo rebelde Failaq al-Sham que se identificou como Abdullah al-Halabi.
A mídia pró-governo afirmou que o Exército está levando adiante uma grande campanha apoiada por milícias auxiliadas pelo Irã e pelo poderio aéreo russo para assumir o controle total da cidade dividida na esteira do cessar-fogo fracassado do mês passado. A televisão estatal noticiou que bombardeios dos insurgentes mataram cinco pessoas em áreas da cidade dominadas pelo governo nesta terça-feira.
A ofensiva do Exército conta com o apoio de uma campanha aérea do governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, e de seus aliados que atingiu hospitais, destruiu infraestrutura e causou centenas de baixas civis.
Outro comandante rebelde do grupo Nour al-Din al-Zinki disse que o Exército inaugurou várias frentes de batalha simultâneas para esgotar as forças rebeldes e que soltou panfletos de helicópteros pedindo sua rendição.
Depois de dominar o campo estratégico de Handarat, no limite norte de Aleppo, na quinta-feira, após o que insurgentes descreveram como um bombardeio de saturação, o Exército rumou para o sul do campo.
Os militares tomaram as ruínas do antigo hospital de Kindi, de onde os soldados podem controlar a rotatória de Jandoul, um cruzamento rodoviário importante. "Eles arrasaram o solo, e nossa gente não teve outra escolha além de bater em retirada sob o bombardeio dos russos", disse o comandante do Nour al-Din al-Zinki.
(Por Suleiman Al-Khalidi e Tom Perry)