MANILA (Reuters) - O astro do boxe Manny Pacquiao disse neste domingo que concorrerá à presidência das Filipinas no ano que vem, depois de protestar contra a corrupção no governo e o que ele chama de relação confortável entre o presidente Rodrigo Duterte e a China.
Pacquiao aceitou a nomeação da candidatura feita pelos seus aliados políticos durante a assembleia nacional da corrente interna que ele comanda no partido governista PDP-Laban, dias após um grupo rival indicar um aliado de longa data de Duterte, o senador Christopher "Bong" Go, como presidenciável.
Essa mesma corrente também indicou Duterte para candidato a vice-presidente, em uma jogada que os críticos chamaram de golpe cínico para manter Duterte no poder.
Go acabou recusando a indicação, mas a divisão entre as correntes de Pacquiao e Duterte dentro do partido aumentou.
"Eu sou um lutador e sempre serei um lutador dentro e fora do ringue", disse Pacquiao, de 42 anos, atualmente senador, em um discurso transmitido ao vivo durante a assembleia. "Aceito a indicação como candidato a presidente da República das Filipinas."
(Por Enrico Dela Cruz)