SÃO PAULO (Reuters) -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado que está abalado com a onda de violência entre Israel e o Hamas, classificando de terroristas os ataques do grupo militante que mataram mais de 100 pessoas mais cedo.
"Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas", afirmou Lula na rede social X. "Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas", acrescentou.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o Brasil vai convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para tratar dos ataques disparados pelo Hamas contra Israel.
Lula afirmou que o Brasil "não poupará esforços para evitar a escalada do conflito" e conclamou a comunidade internacional para a retomada imediata de negociações que levem à garantia de "existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados".
Diplomatas na ONU afirmaram mais cedo que a reunião do Conselho de Segurança deve ocorrer no domingo.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou o ataque do Hamas e pediu "todos os esforços diplomáticos para evitar uma conflagração maior", disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, em um comunicado.
Os ataques promovidos com lançamentos de milhares de foguetes e por terra fizeram o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, prometer retaliação. "Nosso inimigo pagará um preço que jamais conheceu", disse ele. "Estamos em uma guerra e vamos vencê-la." [nL1N3BD0GO]
O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe "deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina", disse o Itamaraty.
A pasta mencionou ainda, em nota publicada às 10h14, que até aquele momento não havia notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.
(Por Alberto Alerigi Jr., edição Pedro Fonseca)