ASSUNÇÃO (Reuters) - Um ex-prefeito paraguaio acusado de ser o mandante do assassinato de um jornalista e sua assistente em uma perigosa fronteira do norte do país será extraditado pelo Brasil, informou o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai nesta terça-feira.
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a extradição de Vilmar Acosta, procurado pela Justiça paraguaia pelo homicídio do famoso comunicador Pablo Medina em outubro de 2014, informou o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga.
"Recebemos essa notícia de Brasília, que o Supremo Tribunal, por quatro votos a favor e uma abstenção, concedeu a extradição. Esse é um procedimento conclusivo, que não admite nenhum tipo de apelação", disse Loizaga a uma rádio local.
"Tivemos um grande apoio do governo brasileiro neste caso, com quem estamos comprometidos no combate aos crimes no âmbito nacional, assim como ao crime transnacional organizado", acrescentou o chanceler.
Medina e sua jovem assistente foram baleados quando voltavam de um cobertura jornalística em uma estrada rural do departamento de Canindeyu, uma das principais regiões produtoras de maconha no Paraguai. O crime expôs as ligações entre o tráfico de drogas e o poder político no país.
(Reportagem de Daniela Desantis)