BRUXELAS (Reuters) - A Bélgica prendeu dois ex-detentos da prisão de Guantánamo acusados de terrorismo, dizendo que eles são suspeitos de procurarem recrutas para lutar na Síria, afirmou o escritório da procuradoria-geral nesta sexta-feira.
Os dois homens, que ficaram detidos na prisão da base naval norte-americana da Baía de Guantánamo, em Cuba, entre 2001 e 2005, estavam sob vigilância policial e foram presos nas primeiras horas de quinta-feira na cidade belga de Antuérpia com três outros.
"Estavam em um carro, acreditamos que esperando para cometer um roubo", disse Jean-Pascal Thoreau, porta-voz da procuradoria da Bélgica.
Combatentes ocidentais na Síria e no Iraque encontraram alguns de seus recrutas mais dispostos na Bélgica, que dados mostram ser o país europeu com o maior índice per capita de cidadãos lutando ao lado de rebeldes sírios nos últimos anos.
A Bélgica só fica em terceiro lugar se comparada a França e Grã-Bretanha – quase 300 de seus cidadãos viajaram para combater entre o final de 2011 e dezembro de 2013, de acordo com o Centro Internacional para o Estudo da Radicalização.
Os dois acusados são Moussa Zemmouri, belga de 37 anos de origem marroquina, e um argelino que a procuradoria identificou como Soufiane A e que é suspeito de ter passado algum tempo na Síria.
(Por Robin Emmott)