DOUALA (Reuters) - Camarões planeja enviar mais 2.000 soldados à região do Extremo Norte, depois que supostos membros do grupo militante islâmico Boko Haram realizaram três atentados suicidas na capital regional, Maroua, na semana passada, afirmou a rádio estatal nesta segunda-feira.
A decisão foi tomada após uma série de medidas nos últimos dias para reforçar a segurança em Maroua, incluindo a proibição do uso de burcas, vendas nas ruas e mendigar. Autoridades no principal porto do país, em Douala, também proibiram as burcas.
O governo fechou ainda algumas mesquitas e escolas islâmicas no extremo norte e impôs toque de recolher em bares depois das 18h, no horário local.
O porta-voz do Ministério da Defesa, coronel Didier Badjeck, confirmou um aumento no número de tropas no Extremo Norte, mas se recusou a fornecer mais detalhes.
"Por razões de segurança, não podemos divulgar o número exato de tropas que serão mobilizadas", disse ele à Reuters.
O país centro-africano já enviou cerca de 7.000 soldados para atuar junto a soldados de Chade, Níger e Nigéria a fim de enfrentar seis anos insurgência do Boko Haram, que ameaça a estabilidade da região.
Os ataques suicidas a bomba em Maroua durante a semana passada marcaram a incursão mais profunda de supostos militantes do Boko Haram em território camaronês.
(Reportagem de Josiane Kouagheu)