CABO CANAVERAL, Estados Unidos (Reuters) - Novos resultados da agora extinta nave espacial Messenger, da Nasa, mostraram que o campo magnético de Mercúrio foi ligado há cerca de 4 bilhões de anos, disseram cientistas nesta quinta-feira.
A Messenger passou quatro anos na órbita de Mercúrio antes de ficar sem combustível e cair na superfície do planeta em 30 de abril.
Durante vários meses antes disso, porém, ela voou cada vez mais perto do solo, transmitindo imagens e detalhes sem precedentes sobre o planeta mais próximo do sol.
Foi durante vários desses voos de baixa altitude que a Messenger detectou vestígios de magnetização em uma parte antiga da crosta do planeta, impressões reveladoras de um campo magnético global, mostrou um estudo publicado na edição desta semana da revista Science.
O campo pode ter sido 100 vezes mais poderoso do que o que Mercúrio tem hoje, disse a pesquisadora Catherine Johnson, da Universidade de British Columbia, em Vancouver.
Mais dados e análises são necessários para determinar se o campo magnético de Mercúrio operou continuamente nos últimos 4 bilhões de anos, ou se foi desligado e depois reiniciado em algum momento, acrescentou.
(Reportagem de Irene Klotz)