TORONTO (Reuters) - O Canadá vai expulsar um diplomata venezuelano e impedir que o embaixador do país retorne, disse a ministra canadense das Relações Exteriores, Chrystia Freeland, nesta segunda-feira, depois de o país sul-americano expulsar enviados do Canadá e do Brasil por críticas feitas contra o histórico do governo venezuelano nos direitos humanos.
Nações ocidentais e vizinhos latino-americanos têm cada vez mais criticado o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, neste ano, acusando-o de atacar a democracia e os direitos humanos.
A Venezuela afirma que governos estrangeiros estão tentando encorajar um golpe de direita no país.
A Venezuela já retirou seu embaixador do Canadá em protesto contra sanções do governo canadense ao governo Maduro, impostas em setembro.
Em comunicado, Freeland disse que o embaixador não é mais bem-vindo no Canadá e que o encarregado venezuelano de assuntos é persona non grata.
Freeland disse que a expulsão pela Venezuela do diplomata canadense no fim de semana é "típica do regime de Maduro, que consistentemente minou todos os esforços para restaurar a democracia e para ajudar o povo venezuelano".
"Os canadenses não aceitarão que o governo da Venezuela roube os direitos democráticos e de direitos humanos fundamentais de seu povo, e nega a ele acesso a assistência humanitária básica", disse ela no comunicado.
(Reportagem de Amran Abocar)